sexta-feira, agosto 26, 2011

Rei Leão em 3D - Testamos

Vocês já devem ter visto por aí que hoje estréia no cinema o filme Rei Leão em 3D. Eu e o Vítor, o testador oficial do blog (a Alice é a substituta...rs), fomos assistir, na semana passada, à pré-estréia do filme e contar todos os detalhes aqui, especialmente pros leitores do Entre Fraldas e Livros.

Bem, pra começo de história, vamos à principal dúvida que todo mundo tem: é o mesmo filme que foi lançado em 1994? Sim, é exatamente o mesmo filme, mas as imagens foram todas refeitas em 3D. A outra dúvida que vi o pessoal tendo é: vale a pena? Eu respondo: sim, vale pena assistir. O 3D ficou bem feito - coisa que eu preciso dizer, já que poucos filmes realmente valem a pena ser assistidos em 3D, a maior parte não faz a menor diferença. Pra quem tem filho muito pequeno, como a Alice, eu não sei se vale levá-los, porque a história é longa e complexa demais pra idade deles. Sem contar que o óculos não cabem direito no rosto deles, que além de incomodados ficam curiosissimos pra saber o que é aquilo, o que acaba tirando a nossa atenção do filme.

Outra coisa que eu preciso dizer é que, apesar de ser um filme infantil, senti que eu fiquei muito mais animada durante o filme do que o Vítor. Ele gostou, achou bonito e legal, mas eu estava empolgadíssima, afinal esse filme é do meu tempo, não do dele. As músicas, as famosas frases ("Viscoso, mas gostoso", "Eu rio na cara do perigo"), sem contar que eu quase pulei da cadeira quando começou a tocar Hakuna Matata, amo! Eu só queria saber porque a tradução continua insistindo em ser HaTuna Matata, eu hein!

Então vamos às informações importantes: o filme estréia hoje (26/09) e fica em cartaz apenas por duas semanas. Então, se você quer assistir no cinema, não dê bobeira. No dia 28/09 sai a edição em Blue-ray de alta definição e Blue-ray 3D.

Assista ao trailer:




quinta-feira, agosto 25, 2011

Menina que brinca de casinha vai ser "Amélia" quando crescer?

Imagem retirada daqui




Não é de hoje que os fabricantes brinquedos para meninas oferecem uma vasta gama de opções relacionadas á casa: pia de lavar louça, tábua de passar, máquina de lavar roupa, vassourinha, rodinho e por aí vai. Ao mesmo tempo, eu tenho me deparado constantemente com mães que não querem que suas filhas brinquem com este tipo de brinquedos, por não quererem que as filhas virem "Amélias". Durante muito tempo eu pensei e matutei sobre isso, não é uma coisa fácil de formar opinião assim, da noite pro dia.


Então fiquei pensando sobre como eu era quando criança. Me lembro de querer todos esses brinquedos de casinha. Eu tinha a tábuinha de passar, a vassourinha, acho até que tive uma pia. Pra Barbie então, nem se fala, eu tinha a casa inteira com brinquedos de madeira! Adorava, passava o dia inteiro brincando se deixassem! E olha pra mim hoje em dia: sou uma dona de casa muito mais ou menos, passar roupa só quando não tem outra opção. Se precisar, vivo sem a visita semanal da faxineira, mas só eu sei o quanto isso me custa. E se eu pudesse escolher ($$$), ela ia lá em casa no mínimo 3 vezes por semana. Além disso, adoro trabalhar fora e acho que sou uma pessoa muito melhor quando não passo o dia em casa tomando conta apenas de tarefas domésticas e das crianças. Enfim, apesar de ter passado a minha infância inteira brincando de casinha, essa não foi a minha opção primeira na vida adulta.

Ao mesmo tempo, tenho muitas amigas que escolheram ficar em casa cuidando dos seus filhos e das tarefas domésticas. Para elas, essa é a melhor opção, elas estão felizes e satisfeitas com isso, em cuidar exclusivamente de seus filhos e do seu lar. Se elas brincaram com os mesmos brinquedos que eu? Não sei, talvez sim, talvez não. Talvez alguma delas tenha tido uma mãe que era contra dar esse tipo de brinquedo e mesmo assim elas escolheram ficar em casa, quem sabe?

O que é interessante ressaltar é que o que a criança brinca não irá, necessariamente, definir o que ela fará quando for adulta. Se isso fosse verdade, todos os meninos seriam pilotos de corrida, não é verdade? Bem, pelo menos o meu seria, pela quantidade de Hot Wheels que tem na minha casa. Aliás, ele também seria super herói, com certeza. E bruxo, um novo Harry Potter. Nem quero pensar no que daria a junção de todas essas coisas! rs
Num artigo da psicóloga Ana Lúcia Lourenço de Souza, ela explica que brincar promove o desenvolvimento de habilidades como a coordenação motora, a criatividade e a inteligência. E que é importante promover oportunidades para o brincar, e isto inclui todas as possibilidades imagináveis, pois esses momentos de brincadeira também podem ser importantes para se ensinar comportamentos adequados e potencialmente úteis nas interações que a criança estabelece com seus pares.

Minha irmã, que também é psicóloga, me disse uma coisa muito interessante e importante. Ela lembrou que, antes de culpar este ou aquele brinquedo (e isso pode também abranger a polêmica sobre os violentos), as mães e os pais têm que se observar, porque as crianças aprendem, em maior parte, por imitação dos pais e pessoas que ela convive. Ou seja, a culpa não é da boneca (embora seja fácil culpar os outros) e sim da forma como essa família está transmitindo os valores pra essa criança. Quantas vezes nos pegamos fazendo algo que a nossa mãe fazia sem nem perceber?

Outra coisa que ela chamou a atenção foi para o fato de que hoje em dia existem muitas Amélias por opção, por mais que algumas pessoas ainda achem isso chocante e retrógrado. Mas é bom pensar que podemos ter escolha e fazer o que quisermos, então as mães também têm que estar preparadas pras escolhas dos filhos.

Então além de tudo iso que eu falei aí em cima, eu também acho que é sim importante que a menina brinque de casinha, se assim desejar, porque isso é importante para que a criança entenda o funcionamento de uma casa, de uma família, da divisão de tarefas, entende funções sociais, experimenta emoções. E mais (já estou aguardando as pedradas): acho importante que os meninos brinquem também! E por que não? Não somos nós, as mulheres, que hoje vivemos reclamando do modo machista com o qual nossos maridos foram criados? Não é esse o momento certo para modificar essa situação? É claro que eu não estou dizendo que acho certo encher um menino com brinquedos de casinha, mas se ele tem interesse na brincadeira das amigas, irmãs ou primas, ou até se quer um deles pra ele, não acho que faça nenhum mal, pelo contrário. Acredito que seja muito importante educar hoje os nossos meninos, ensinando a eles que precisam ter papel participativo na vida da família que ele terá amanhã. Se nossas mães e avós tivessem essa visão também, lá atrás, muitas coisas de hoje seriam diferentes.

O que vocês acham do assunto?

sexta-feira, agosto 19, 2011

Phineas e Ferb - O Filme

Seus filhos conhecem e gostam de Phineas e Ferb? Então eles vão gostar da novidade que eu tenho para contar. No dia 21 de agosto (próximo domingo) vai ser lançado, no canal Disney Channel, o filme Phineas e Ferb Através da 2ª Dimensão. Eu não conhecia o desenho, mas o Vítor sim. E quando fomos convidados para assistir à pré-estréia do filme, ele ficou todo empolgado.

Confesso que, por não conhecer o desenho, achei que fosse só mais um desses bobos que andam muito na moda por aí. Mas não é que me surpreendi? A história é bem traçada, com vários detalhes interessantes, vale a pena assistir. Ele conta a história de dois irmãos (Phineas e Ferb) que todos os dias constroem um grande projeto enquanto sua irmã (Candace) tenta contar tudo pra mãe deles, mas o projeto sempre desaparece antes que ela consiga realizar o que pretende. Além disso eles têm um ornitorrinco chamado Perry como animal de estimação, mas na verdade ele é um agente secreto que tem como objetivo derrotar o terrível Dr. Heinz Doofenshmirtz.

Já no filme a história começa no dia do aniversário de chegada do seu adorado Perry. Enquanto brincam com uma de suas invenções, Phineas e Ferb são arremessados até a Doofenshmirtz Malvados e Associados, onde encontram uma máquina capaz de abrir portais para outras dimensões. É assim que eles viajam para uma cidade paralela, em uma dimensão agitadamente familiar e muito parecida com seu lar na área dos Três Estados. Lá, acabam se encontrando cara a cara com suas personalidades alternativas e, no meio de tudo isso, Perry é obrigado a revelar aos irmãos o seu segredo.
 
Assista ao trailer aqui:





quinta-feira, agosto 04, 2011

As mães precisam ter treinamento ninja

Cada dia que passa eu chego mais à conclusão de que mãe realmente não é um ser deste mundo. Com certeza somos seres de outro planeta, disfarçados como terráqueos, certeza. Porque não basta trabalhar fora (ou em casa, que dá o mesmo tanto de trabalho), administrar a casa, saber de cor os horários das atividades extras dos filhos (e das roupas que precisam ser enviadas nestes dias específicos), ajudar a fazer o dever de casa, incentivar a leitura, educar para que seja um cidadão e mais uma pá de coisas que fazemos todos os dias. A gente precisa ser meio ninja pra saber certas coisas místicas ou sair de situações criadas pelo fato de que ignoramos estas certas coisas místicas.

O Vítor está fazendo capoeira. E essa capoeira tem um uniforme. Como ele entrou na escola no meio do semestre, por causa da nossa mudança de cidade, eu levei um certo tempo pra comprar o uniforme. Com tudo isso, calhou de a primeira lavagem desse uniforme ter sido agora, no final das férias (porque ele estava escondido numa sacola, depois de uma apresentação que ele fez). Como toda boa mãe que tem milhões de coisas pra fazer ao mesmo tempo, olhei aquele conjuntinho de calça, camiseta e corda e não pensei duas vezes: taquei na máquina de lavar, claro!

De noite, menino na cama, beijos de boa noite já dados, pergunto a ele se as aulas da capoeira já voltaram e ele diz que sim, que no dia seguinte terá aula. E pergunta: cadê meu uniforme? Eu respondo que foi todo lavado e passado, que está prontinho para ser usado. Ele pergunta: a corda também? E eu, achando que tinha sido super eficiente, respondo que sim. Aí o menino cai no choro, desconsoladamente. Demorei um tempo pra entender o que ele tava falando, porque esse choro todo por causa de uma lavagem de roupa. No meio dos soluços, ele me explica que não pode lavar corda de capoeira, porque a energia vai embora.

Pronto! E agora? Ninguém me explicou isso naquele curso de gestantes, cadê o meu manual de mãe? Quando é que eu ia adivinhar que não pode lavar corda de capoeira, cadê o carregador dessa corda agora? Aí entra a parte da mãe ninja, de driblar a situação sem menosprezar aquilo no que a criança acredita. Dizer que é besteira não vai ajudar em nada, não é? Comecei tentando explicar que achava que em uma ou duas aulas - se ele se alimentasse bem - a energia voltava. Aparentemente não fui muito bem sucedida nessa tentativa não, porque ele continuou chorando. Então tentei passar pro lado da piada, porque se tem algo que faz uma criança parar de chorar é arrumar algo pra ela rir.

Primeiro falei que no dia seguinte colocaria o uniforme nele e colocaria seu dedinho na tomada, que a energia voltava em dois tempos. Ele riu um pouquinho, eu continuei. Se a energia vai embora com a água, vai pro esgoto, né? E vai entrar em quem? No rato, é claro! Disse que o dia que eu visse um rato gingando a capoeira eu saberia com certeza o que tinha acontecido. Aí entra a parte do primeiro mico: eu, no meio do quarto, imitando os gestos que o rato faria. Pronto, ele caiu na gargalhada e todos foram dormir em paz.

Mas eu falei a parte do primeiro mico, não é? Significa que tem um segundo, claro. Eu, hoje de manhã, contando a situação para uma das tias da escola e pedindo por favor para que ela pedisse ao professor ensinasse o Vítor a reenergizar aquela corda dele.

Mãe passa por cada uma, vou te contar!