Quem me acompanhou do outro blog aqui sabe que a gente estava com tudo certinho pra mudar pra um apartamento. Pequeno, mas nosso. (Se vc não sabe, veja aqui) E sabe também que por vários problemas, não deu certo.
Hoje em dia eu só sofro porque sei que, quando formos ter nossa casinha, muito provavelmente não será por aqui. É que moramos num condomínio muito gostosinho e legal. Mas toda essa área está no meio de uma disputa judicial (vou colocar lá embaixo a explicação do fato), o que significa que nenhuma casa tem escritura. O que significa que não é possível conseguir financiamento pra comprar aqui. E sem financiamento, nada feito pra gente, né?
Algumas pessoas acham que aqui é longe. Minha mãe é uma dessas pessoas. E eu pergunto: longe do quê? Porque eu moro a 15 km do meu (ex) trabalho e da escola do Vítor. Com engarrafamento, levo uns 20 minutos pra chegar lá. Sem trânsito, em 10 eu chego. O trabalho do Gustavo também é pertinho daqui. Mas quem é de Brasília tem essa mania. É que como as coisas desenvolveram primeiro para o lado Sul e depois pro Norte, tudo que fica nesse último é considerado "longe", mesmo que seja muito mais perto do que os do Sul.
Vítor e a linda vista que temos.
Ah, mas eu ainda vejo um montão de vantagens: pro lado de cá as coisas são bem mais em conta do que lá pro centro. Como escola, faxineira e coisinhas pra festa (aluguel de brinquedos, cadeiras e mesas, decoração), por exemplo. É que no Plano Piloto geralmente mora gente mais endinheirada, então as coisas são mais carinhas. Aqui dá pra encontrar coisas legais, mas com preços mais "saudáveis".
Eu também gosto de morar na "serra". Duvida? Olha aqui esta foto. Tá vendo aí, eu moro em cima deste morro. Pra ter uma noção da altura, olha ali embaixo o tamanho do "poste" (como chama esse troço de passar fios, que parece uma super antena?) perto da serra.
E o friozinho gostoso que faz aqui? Assim eu gosto, não é exagerado como lá no Sul, mas dá pra sentir o gostinho. Sem contar que a vista é linda!
Vítor pronto pra ir pra escola, às 6 e pouquinho da manhã.
Aí vem a vantagem de se morar num condomínio fechado, com guarita onde todo mundo só entra depois de apresentar documento e se cadastrar. E com ronda de moto a cada 15 min, aproximadamente. Muitas casas daqui não têm muro nem cerca. Ou tem bem baixinho, acho que só pro cachorro não fugir ou coisa do tipo. Se eu vou ali na padaria ou outro lugar assim pertinho, nem fecho o portão. E se o Gustavo esquece de trancar alguma coisa, não preico mais brigar e ficar estressada. Os gatos ficam soltos, podem passear por aí a vontade. E aqui tem parquinho, pracinha, lagoa com patos, peixes e tartarugas e uma academia (dessas da terceira idade, sabe? Ao ar livre).
O lago
Os meninos brincando de barquinho de papel, os patos passeando tranquilos.
Ah, é um silêncio também!! E olha que moro numa rua que dá acesso a vários outros conjuntos. Mesmo assim é uma calma muito boa. Passarinhos cantando. E nada daqueles caminhões infernais que entregam o gás e levam sua paciência embora.
A garça prontinha pra abocanhar uns peixinhos.
Meu cunhado empurrando as crianças no balanço.
É, eu sei que ter um cantinho nosso de verdade vai ser muito bom. Mas enquanto isso, acho que vou curtindo isso aqui o máximo que eu puder!
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*Explicando o troço da decisão judicial. Aqui onde moro deve ter uns 30 condomínios ou mais. Antigamente era uma fazenda imensa, cujo dono faleceu e os filhos dividiram a terra que receberam de herança. Aí um deles resolveu vender a parte dele. Provavelmente ele percebeu que o negócio dava dinheiro e que os irmãos não tinham percebido o potencial que tinham em mãos. Então, ele resolveu vender também o dos irmãos. Claro, sem que estes soubessem disso. E mais claro ainda é que ele sumiu com todo o dinheiro. Desde então, está uma briga judicial sem fim pra resolver o "enrolation" que sobrou por aqui.