terça-feira, março 14, 2017

Testamos (em primeira mão): A Bela e a Fera

Hoje eu fui assistir à cabine do tão esperado filme live action da Disney, "A Bela e a Fera", dirigido por Bill Condon e baseado no filme de animação de 1991. E vou te contar tudinho, em primeira mão! Vamos começar pela história?



Era uma vez um jovem Príncipe encantador (Dan Stevens) que vivia em um castelo magnífico. Ele oferecia festas extravagantes e era paparicado por uma equipe de serviçais que atendiam a cada desejo seu, mas o Príncipe havia se tornado insolente e egocêntrico. Quando uma velha mendiga aparece no castelo buscando abrigo da tempestade e lhe oferece uma única rosa em retorno, ele a rejeita duramente, sem saber que ela era, na verdade, uma linda feiticeira (Hattie Morahan). Para puni-lo, ela lança uma maldição sobre o castelo, transformando-o em uma Fera e todos os seus habitantes em utensílios domésticos. Para reverter o encanto, ele deve aprender a amar outra pessoa e ser merecedor do seu amor antes que a última pétala de uma rosa encantada caia... caso contrário, permanecerá  uma Fera e seus funcionários permanecerão aprisionados em suas formas inanimadas no castelo por toda a eternidade.

Alguns anos depois, na pequena cidade de Villeneuve, Bela (Emma Watson), uma jovem inteligente e espirituosa, realiza suas tarefas diárias, refletindo sobre a monotonia de sua vida provinciana. Bela vive com seu pai, Maurice (Kevin Kline), um artista solitário, e é uma leitora ávida que sonha viver aventuras e romance em um mundo muito além dos limites de seu vilarejo francês. Ela rejeita as incessantes investidas do canalha rude e arrogante Gaston (Luke Evans), que chama atenção com seu braço-direito LeFou (Josh Gad) e tem todas as mulheres disponíveis da cidade na palma de sua mão. Gaston é apaixonado por Bela, mas ela é determinada e permanece indiferente ao seu charme. 

Até que um dia Maurice vai ao o mercado e é atacado por lobos. Ele acaba se perdendo na floresta e vai parar no castelo da Fera, que fica enfurecida ao encontrar o invasor e o aprisiona. Bela parte em procura do pai e suplica à Fera por sua libertação, mas acaba trocando sua própria liberdade pela liberdade dele. Enquanto está presa em uma torre, Bela é apresentada aos antigos membros dos funcionários do castelo, incluindo: Lumière (Ewan McGregor), um candelabro; Horloge (Ian McKellen), um relógio; Madame Samovar (Emma Thompson), um bule de chá; Madame de Garderobe (Audra McDonald), um guarda-roupa; Plumette (Gugu Mbatha-Raw), um espanador; e Maestro Cadenza (Stanley Tucci), um cravo. Na esperança de que Bela possa finalmente ser aquela que vai conquistar o coração da Fera, eles assistem e esperam por qualquer sinal de amor verdadeiro, mas a Fera é grosseiro e mal-educado e passou a aceitar o seu destino. 


O filme é muito lindo e tem tudo para agradar à nova geração, mas vou ser sincera: quem vai sair  suspirando do cinema são as mães (tias, amigas, que seja, qualquer uma que tenha assistido ao filme de 91 rs). E a vontade de cantar bem alto junto com a Madame Samovar na música tema de A Bela e a Fera, enquanto os dois bailam apaixonadamente pelo salão? Aliás, música é o que não falta no filme (fica logo a dica: se você não gosta de musicais, esse não é um, mas chega bem próximo).

Outro ponto de destaque do filme é a postura moderna da protagonista, mas isso não é de agora. Já no filme de 1991 Bela se afastava do padrão da maioria das personagens femininas passivas da época: ela se interessa por literatura, tem seus próprios pensamentos, não se intimida facilmente, e rapidamente se tornou um poderoso exemplo para meninas no mundo todo. E o fato dela ser interpretada pela Emma Watson (ativista de direitos humanos e embaixadora da boa vontade para as Nações Unidas) dá ainda mais credibilidade à personagem. É meio como se a gente olhasse para ela e já esperasse uma postura não submissa (ah, não dá pra negar que o fato dela ter feito a Hermione também colabora pra isso).



Bem, eu poderia ficar o resto do dia aqui falando sobre o filme, os atores, as músicas, o cenário... mas minha recomendação é: vá assistir! A Bela e a Fera estreia nos cinemas dia 16 de março, quinta-feira.

sábado, março 04, 2017

Testamos: livro "Renato Russo - O filho da revolução"



Vamos falar de livro bom? Hoje não é livro infantil, mas dica pras mamães (e papais também!): a biografia do maior ídolo do rock brasileiro, Renato Russo, do meu amado salve salve grupo Legião Urbana, do jornalista Carlos Marcelo.

Esse livro não é exatamente muito novo, foi lançado em 2009, mas a Editora Planeta (nossa parceira) relançou agora em 2016 uma edição revista, atualizada e ampliada. O autor escreveu esta biografia a partir de mais de 100 entrevistas e de nove anos de pesquisa.

O resultado é um livro que engloba não só a vida do Renato, mas também o cenário histórico brasileiro na época (ditadura) e os vários caminhos percorridos pelos adolescentes da época, que culminaram na criação de outros grupos famosos, como Paralamas do Sucesso, Plebe Rude e Capital Inicial. Não deixa de fora outros artistas que alcançaram a fama em Brasília, como Ney Matogrosso, Osvaldo Montenegro, Cássia Eller e Zélia Duncan (confesso que não sabia do Ney).



Carlos Marcelo conta os detalhes da criação de vários hits "Faroeste Caboclo", "Eduardo e Mônica, "Tempo Perdido" e muitas outras. Eu não sei se é porque eu sou fã, porque sou de Brasília ou só porque realmente as descrições são empolgantes, mas eu precisei fazer uma playlist do Legião no Spotify para ouvir enquanto lia. E passava o resto do dia cantarolando.

Eu só não achei o livro perfeito porque senti falta de mais informações sobre os amores da vida do Renato (sim, sou enxerida...rs) e porque acho que as vezes não precisava ter descrito com tantas minúcias alguns acontecimentos da Ditadura. Mas isso não afeta de forma alguma a beleza do livro.

Então, se você é fã do Legião, gosta de rock ou apenas quer saber mais sobre o essa geração musical brasileira que surgiu naqueles tempos, se joga em Renato Russo, o filho da revolução.