quinta-feira, dezembro 17, 2009

Vida de mãe doméstica

Eu já vinha pensando em escrever sobre isso há algum tempo. Várias conversas via twitter com minhas amigas me faziam ter vontade de contar a minha experiência, mas foi um post do blog Mamie Bella que deu o "start" pra este texto aqui. Num mundo perfeito, todas as mães teriam à sua disposição uma babá e uma empregada, full time, para ajudar em casa. Além de nascer dois braços extras, né? Mas o mundo não é perfeito e, de repente, você se vê em casa, sozinha, com um bebê muito exclusivista, que te quer o tempo todo só pra ele. Pois quando temos um bebê, descobrimos que ganhamos um chefe muito impaciente, mandão e extremamente exigente. E descobrimos que amamos isso! Mas acabamos ficando cansadas, extressadas e nervosas, porque afinal de contas, a casa continua ali, esperando por alguém que faça alguma coisa antes que o toda aquela gosma verde que brotou na pia tome conta da casa inteira.

Eu sei que não sou lá um grande referencial não, porque nunca tive mania de limpeza. Mas acho que vale a pena compartilhar aqui o que eu faço, afinal de contas posso não ser a Mrs Arrumação, mas se não fosse por mim, isso aqui tava pior que pardieiro.

1 - Esqueça todos os padrões de arrumação que você tinha antes. Sabe aquela casa com o piso tão limpo que dava pra almoçar lá, sem prato? Pois é, você vai ter que começar a aprender a conviver com uma casa apenas meio limpa. E é bom ter esse aprendizado agora, porque aos poucos você verá que muitos padrões seus mudarão com o bebê (por exemplo, o que é uma noite de sono). Se estressar com isso só vai fazer com que você fique ainda mais cansada e provavelmente seu filho vai sentir isso, fazendo com que ele também fique estressado.

2 - Não adianta achar que seu marido vai começar a perceber que existem tarefas domésticas esperando para ser feitas e passar a te ajudar, sem que você peça. Alguns homens são assim, mas são realmente poucos e a probabilidade que seu marido não seja um desses é muito grande. Então, peça. Converse com ele e façam uma listinha de tarefas pra cada um. Claro que pode ser que isso entre por um ouvido e saia pelo outro, mas não custa nada tentar, né?

3 - Se puder, contrate uma faxineira para ir na sua casa uma vez por semana. Não sai tão caro quanto outras opções e ela pode fazer a parte pesada e você apenas mantém durante o resto da semana (é o que fazemos aqui em casa).

4 - Faça o almoço no horário em que o bebê dorme mais. No meu caso, ela apaga entre 18 horas e meia noite. Então não é raro me ver cozinhando nesse horário. Deixo tudo pronto e só esquento no dia seguinte.

5 - Se na hora em que ele dorme você quer mais é se jogar na cama também, considere a possibilidade de pedir marmitas. Existem bons serviços de tele-entrega por aí, com comidas gostosinhas e com preço honesto.


6 - Compre um sling. Com ele o bebê fica coladinho com você e ainda assim você tem as duas mãos livres para fazer algumas tarefas. Eu consigo lavar louça e lavar roupa, entre outras coisas. Acredito que também dê pra passar roupa, mas como sou uma negação neste item, não posso garantir. Só lembre-se de que cozinhar com o bebê no sling pode ser extremamente perigoso, não faça! - O meu é da Slinguru, da querida Marília (da foto aí do lado). Recomendo!

7 - Outra boa opção é se entregar ao bebê durante o dia e entregá-lo ao pai no exato momento em que ele pisa em casa! (o mais indicado é mesmo esperá-lo comer e tomar banho, mas sabe-se lá, né?). Enquanto ele baba no bebê que ficou longe dele o dia todo, achando a criatura mais linda e graciosa do mundo, você corre e faz o que for possível. Tente somente fazer uma listinha antes, dividindo as tarefas pelo dia da semana, pra não ficar muito perdida.


8 - Entregue-se ao seu novo mantra: É TEMPORÁRIO. A sua casa não ficar essa bagunça pra sempre, o bebê não vai exigir tanto de você pra sempre. Um pouquinho de bagunça não vai matar ninguém, casa sem estar brilhando não vai matar ninguém.




Quem tiver outras dicas, pode colocar aqui nos comentários que eu vou fazer depois outro post só com isso. Afinal, eu também tô aprendendo, né? Dicas são sempre MUITO bem vindas por aqui!

sexta-feira, dezembro 11, 2009

Reportagem muito interessante publicada pela revista Pais e Filhos*

Dez coisas que você ensina ao seu bebê todos os dias e nem percebe

1. Que ele pode contar sempre com você
Cada vez que você responde ao choro do seu bebê por comida, atenção ou troca de fraldas, ele aprende que tem alguma importância na sua vida e que pode contar com a sua ajuda.

2. Que ele pode contar consigo mesmo
Em vez de entrar no quarto cada vez que ouvir um barulhinho, experimente esperar alguns segundos pra ver se ele volta a ficar em silêncio. Uma hora, o bebê vai achar uma posição confortável e pegar no sono sozinho. Sem ter que levantar da cama, você ensinou ao seu filho que ele pode se virar de vez em quando. E você também aprendeu algo: que às vezes, ser uma boa mãe significa fazer menos pelo seu bebê, não mais.

3. Que ele pode se equilibrar
Carregar seu filho nos braços ou no sling estimula o desenvolvimento do equilíbrio do corpo dele. Quando já souber sentar, passeie com o carrinho sobre lugares com superfícies diferentes, como o piso de cascalho, uma calçada lisinha ou um gramado. Isso vai desenvolver o equilíbrio e fortalecer os músculos que o mantêm sentado.

4. Que ele pode se movimentar
Quando seu bebê finalmente levou os pezinhos à boca, pegou uma bolacha no pote ou deu seus primeiros passinhos, você com certeza sorriu e aplaudiu, mostrando que ele tem um motivo para se orgulhar. Ser reconhecido é essencial no aprendizado da criança, e não existe nenhum segredo para seu fazer seu filho desenvolver as habilidades motoras. Tirar os obstáculos do chão já é quase o suficiente. O que mais falta? Comemorar!

5. Que ele pode aprender como funcionam as palavras
Ler o jornal em voz alta, conversar com o bebê como se fosse gente grande, contar pra ele como foi seu dia e até cantar são atitudes que ajudam no desenvolvimento verbal do seu filho, conforme ele percebe o tom de voz e ritmo em que você fala. Palavras curtas e assuntos infantis são agradáveis, mas não necessários.

6. Que cada um tem sua vez
Sabe brincadeira de esconder? Primeiro você esconde o rosto, depois é a vez do seu bebê. Quando você e seu filho se revezam nas brincadeiras e atividades do dia-a-dia, você está ensinando a ele a importância de dividir, sociabilizar e cooperar com os outros.

7. Que é saudável fazer bagunça
Enquanto estiver cozinhando, experimente deixar seu bebê brincar com uma tigela de plástico e uma colher. Ele vai fazer um montão de descobertas: “Será que a colher vai caber na tigela?” “Com que força eu preciso bater a colher até fazer barulho?” “Quanto barulho eu posso fazer até a mamãe se irritar?”

8. Que você entende o que ele está sentindo
Você fez cócegas nos pezinhos do seu filho e ele deu risada. Mas depois de um tempo, ele ficou irritado, e você logo parou. Nesse momento, você o ensinou que sabe ler e respeitar seus sentimentos. Como o bebê não sabe falar, ele depende de como você interpreta os gestos e expressões faciais. Com um pouco de dedicação você entende o que ele quer dizer, e ele ao mesmo tempo, se esforça para se comunicar.

9. Que ele tem um mundo inteiro para explorar
Hoje você levou seu filho para a lavanderia, o parque e o banco. Pode ter sido um dia qualquer pra você, mas para os bebês, cada dia é uma aventura. Eles ainda não têm memória de longo prazo, então toda vez que vão ao parque, é quase como se estivessem indo pela primeira vez.

10. Que a vida tem uma rotina
Você trocou a fralda do bebê, deu almoço, colocou ele no carro e levou a irmã mais velha à escola, e mais tarde, quando estava escurecendo, começou a fazer o jantar. Fazendo as atividades casuais, você ensinou ao seu bebê que o mundo dele é consistente, previsível e estável. Percebendo essa rotina, ele vai tentar adivinhar o que vai acontecer em seguida e esperar ansioso pela próxima atividade.

*Essa matéria não me pertence. Caso tenha algo a reclamar, favor entrar em contato com a redação da revista.

segunda-feira, dezembro 07, 2009

Perguntas e respostas

Recém-nascido: 18 cuidados essenciais

A expectativa do nascimento do primeiro filho gera ansiedade nos pais. E dúvidas, muitas dúvidas: por que ele não para de chorar, o que fazer para aliviar as cólicas, qual o jeito certo de segurá-lo... Reunimos essas e outras questões e esclarecemos cada uma delas. Assim, você pode aproveitar seus primeiros dias como mãe com mais segurança e tranquilidade

1. Por que o recém-nascido chora tanto?

O bebê chora porque quer alguma coisa. Os motivos variam: fome, fralda suja, frio, calor, posição desconfortável, incômodo, irritação por barulho ou luz, estresse diante da movimentação de adultos e por aí vai. É claro que, às vezes, o cansaço e a falta de sono podem fazê-lo perder a paciência. Mas lembre: essa é a única forma de expressão do pequeno. Se você perceber que está irritada demais, peça ajuda a alguém, tente sentar, respirar fundo e se acalmar. Tudo vai dar certo. Mesmo porque, a partir dos quatro meses, a tendência é que o pequeno chore menos.

2. O que posso fazer para aliviar as cólicas?
A cólica é um fantasma que habita o inconsciente coletivo das mães, já que ela realmente pode tornar a vida dos pais um tanto angustiante nas primeiras semanas de vida da criança. Mas não perca as estribeiras. As cólicas são normais. Fazem parte do amadurecimento natural do sistema digestivo do pequeno. E não adianta medicar ou dar produtos naturais. Isso pode ser até perigoso, causando intoxicações. O melhor remédio é o leite materno. Aquecer a barriga, aconchegar o bebê e deixá-lo na posição fetal também são medidas que ajudam a contornar a situação. Agora, é preciso saber se a cólica é mesmo o motivo da choradeira. A confusão é bastante comum. Choro de cólica é aquele mais intenso, que começa e termina de forma repentina.

3. Posso dar água ou chá para meu bebê?
De preferência, não. O leite materno nutre, hidrata e acalma, suprindo todas as necessidades da criança. Quando a mãe dá chá ou água, o pequeno deixa de tomar o leite materno e ingere quantidades menores de proteínas e calorias necessárias para o seu desenvolvimento. Sem falar que a maioria dos chás contém estimulantes que deixam o bebê agitado. Se forem servidos com açúcar, pior ainda. Os grãos podem fermentar e causar cólicas. Além disso, há o risco da chamada confusão de bicos, que faz com que a criança largue o peito da mãe sem necessidade e adote a mamadeira.

4. Qual o jeito certo de segurá-lo?
É normal: carregar um recém-nascido dá aflição. Até mesmo para a mãe. Afinal, segurar no colo alguém tão pequenino e flexível requer bastante cuidado – mas nada que você não tire de letra nos primeiros dias. Como a musculatura do pescoço é pouco desenvolvida, é preciso apoiar bem a cabeça e as costas do bebê. A melhor maneira de fazer isso é encaixar a cabeça na dobra do cotovelo e as costas no antebraço. Importante: nunca faça movimentos bruscos e preste atenção para não pressionar demais, ou bater, a parte superior da cabeça da criança, também chamada moleira, já que os ossos do crânio ainda não estão totalmente formados.

5. Qual o melhor horário para dar o banho?
Não existe regra. Em geral, as mães preferem dar à noite para acalmar a criança antes do sono, além de contar com a ajuda do marido. Mas o critério é pessoal. Pode ser em qualquer horário. O mais importante é verificar a temperatura da água com a parte sensível do seu braço, ou com o punho. Se estiver morna, coloque o bebê ali sem receio. Não há necessidade de termômetro. Mas, caso queira usá-lo, veja se marca algo entre 36 e 37 ºC. Ao entrar na água, ele chora? Não se culpe por isso. É normal esse tipo de coisa acontecer. Os pequenos se assustam nessa hora por insegurança. Para contornar a situação, enrole-o em uma fralda de pano em posição fetal. Isso lhe trará o conforto e a segurança de que tanto necessita. Depois, vá soltando a criança ao poucos, até ela se acostumar.

6. Em que posição devo colocá-lo para dormir?
De barriga para cima, e sem neura. Os estudos mais recentes mostram isso. Fique tranquila se o leite voltar. Seu pequeno terá reflexos para se defender. Ainda assim, é muito importante só deitá-lo depois de arrotar. Se a criança regurgita demais, é possível usar suportes triangulares para mantê-la deitada de lado, sempre com travesseiro do tipo antissufocamento. Em caso de refluxo, além do acompanhamento médico, procure inclinar a base do berço o máximo que der. Só não passe dos 45 graus.

7. É normal fazer cocô muitas vezes num único dia?
No começo, o bebê evacua a cada mamada. Como ele só se alimenta de leite, é absolutamente normal que as fezes sejam pastosas. Em alguns casos, podem até ser líquidas com gruminhos. Por isso, não precisa se preocupar: ele não está com diarreia. A cor também é bastante característica: amarelo-ouro.

8. Tudo bem se ele ficar muitos dias sem fazer cocô?
O recém-nascido pode ficar até dois dias sem evacuar. Isso não é comum, principalmente em crianças que mamam no peito, mas pode acontecer. Uma dica é estimular o ânus do bebê com uma gaze enrolada no dedo. Em geral, só de tocar superficialmente a região, o pequeno já consegue fazer cocô. Se o problema persistir, procure um pediatra.

9. O bebê precisa arrotar toda vez que mama?
Ele não precisa necessariamente arrotar, mas o ritual do colo é fundamental e tem de ser repetido depois de cada mamada. Deixe a criança em posição vertical deitada de barriga sobre seu tórax e dê tapinhas muito sutis nas costas. Ela deve arrotar logo. Agora, se não ouvir a eructação (sim, esse é o nome) após 15 minutos, pode deitá-la sem medo. O arroto é importante porque o bebê engole ar enquanto suga o leite e precisa colocá-lo para fora. Caso contrário, vai ficar incomodado e até regurgitar.

10. Posso sair pra passear com ele?
Sim, desde que siga algumas regras básicas. A primeira delas, muitas vezes esquecida, é colocar a criança sempre na cadeirinha própria para transporte em automóveis. Outra: fuja de locais fechados e aglomerações, mesmo que seja na casa dos avôs. Um simples resfriado pode ter consequências mais sérias em um recém-nascido. O frio e o vento também podem ser bastante nocivos para o bebê. Procure agasalhar principalmente a cabeça dele. Mas sem exageros. Calor demais faz mal.

11. Será que ele está com frio? Devo caprichar nos agasalhos?
O excesso de roupa pode causar até febre ou desidratação no bebê. Fique atenta a isso. A sensação de frio do recém-nascido não é muita diferente da sua. Enrolá-lo em duas cobertas numa tarde quente de primavera seria uma decisão errada. Se a temperatura for de 30 °C, pode deixá-lo com uma camiseta de manga curta e tecido fino.

12. As visitas podem carregar o bebê?
Podem, mas nada de beijo. Exija também que todos lavem as mãos. E gente espirrando nem deve passar perto do pequeno – o melhor é aparecer outro dia. É que nessa fase as defesas das crianças, principalmente contra os famigerados vírus, ainda estão em desenvolvimento. Outra coisa importante: não permita tumultos em casa ou a peregrinação de colos. Tanto você como o bebê precisam de tranquilidade. Aliás, as visitas devem permanecer na sala e não no quarto do bebê. Se alguém insistir em vê-lo dormindo no berço, permita apenas uma pessoa por vez. A presença de muitas pessoas pode estressá-lo.

13. Preciso acordá-lo de três em três horas para mamar?
Quem decide a hora de mamar é a criança. Dê o peito a ela sempre que quiser. Em geral, isso deve acontecer sete ou oito vezes ao dia, o que significa uma mamada a cada três horas. Mas podem ser dez ou seis, e tudo bem! Não existe regra. Agora, se você tem um filhote muito dorminhoco, uma dica é aproveitar as trocas de fralda, que devem acontecer a cada quatro horas no máximo, para oferecer o peito.

14. Será que ele tem refluxo?
O refluxo é a exceção, e não a regra. Ele só se caracteriza quando a criança perde peso mesmo mamando. Daí a importância do acompanhamento médico. Mas a regurgitação é normal. É um fenômeno que acontece por causa da imaturidade da válvula que controla a passagem do leite no esôfago. Ou, então, porque o bebê mamou mais leite do que seu estômago comporta. Seja como for, não se desespere cada vez que o líquido voltar. Procure apenas fazê-lo arrotar após as mamadas e, se ele é desses que expelem golfadas em forma de jatos, procure inclinar a base do berço.

15. E se meu leite for fraco?
Não existe leite fraco ou forte. A mãe produz todos os nutrientes necessários para seu filho. O que acontece é que a composição do líquido varia. Assim, as quantidades de proteínas e gorduras mudam de uma mamada para outra ou até durante uma mesma mamada. Por isso, é fundamental que o pequeno esvazie os dois peitos por completo – e que você esteja a postos para oferecê-los sempre que ele quiser. Além de ter a certeza de que a criança está bem nutrida, isso vai ajudar você a voltar à forma mais rapidamente. É que o hormônio responsável pela reposição de leite é o mesmo que estimula a contração do abdômen.

16. O que faço para o bebê conseguir mamar?
Amamentar é uma tarefa que exige orientação. Não ache que você vai conseguir dar o peito com facilidade para seu primeiro filho sem receber alguma instrução. Nessa hora, avós, enfermeiras e até médicos se tornam tutores. No passado, a mulher recebia todas as referências em casa. Hoje em dia, as famílias estão mais dispersas e menos participantes. Por isso, fique alerta. Existem técnicas para tornar os mamilos mais propensos à amamentação, inclusive para evitar rachaduras. Agora, se o bebê demorar para pegar o peito e começar a chorar, não se desespere. E, principalmente, não desista do aleitamento. Vale a pena ter paciência e insistir.

17. Posso mexer no umbigo do meu filho?
Não só pode como deve. Ignore qualquer um que fale o contrário. Com o tempo, essa cartilagem vai secar e cair. Mas é preciso limpá-la para evitar contaminações. E isso não causa dor na criança. Portanto, faça o curativo sempre, de preferência após o banho. Sair sangue também é comum, não se preocupe. Use cotonete com álcool 70%, contornando o umbigo com delicadeza e sempre em um único sentido – no sentido horário, por exemplo. Ele vai cair entre sete e 14 dias.

18. Posso comer qualquer coisa ao amamentar?
O ideal é seguir uma dieta saudável, rica em frutas, legumes, verduras e grãos integrais. Água também é muito importante. Procure beber de 1 litro e meio a 2 litros além do que você já consome – tenha sempre uma garrafinha por perto e tome mesmo sem ter vontade. A água é essencial para a formação do leite. Temperos mais fortes, como alho e pimenta, são contraindicados. Eles alteram o gosto do leite e isso pode ter reflexos na amamentação. Chocolate, café, erva-mate e outros alimentos do gênero também devem ser evitados. A cafeína agita a criança e atrapalha o sono. Por fim, evite exagerar no leite de vaca, que pode induzir a uma intolerância da criança à proteína desse alimento.

Fonte: Bebê.com

domingo, novembro 29, 2009

Sono, bebês e mamães

Quando eu tive o meu primeiro filho, não dormi nem uma noite no primeiro mês. Nem umazinha só. No hospital, ele chorou de fome porque eu ainda não tinha leite e o "amável" pediatra de plantão se recusou a receitar o complemento. Pra ele, eu estava de frescura e não queria amamentar meu filho. Vítor chorou a noite inteirinha, revezando entre o colo da minha mãe e o meu peito. As outras noites eu passei com ele em cima de mim. O menino morria de cólicas, que só aliviavam nesta posição.

Enfim, tive outras noites mal dormidas com ele, mas qdo ele fez 2 anos eu resolvi que já estava na hora de dar um basta naquilo. Minha vida já tinha voltado ao ritmo normal, emprego e etc, mas meu sono não e isso estava acabando comigo. Comprei o livro Nana Nenê mas não gostei muito. Então me indicaram o Soluções para Noites sem Choro, que me ajudou MUITO.

Eu já nem pensava mais nesse livro, até que a Alice nasceu. Mas mesmo antes de pensar no livro, tudo foi muito mais tranquilo dessa vez. Ela não tem tanta cólica quanto o Vítor, então facilitou bastante.

Mas acho que tem uma postura minha que é fundamental nesta fase da vida. Eu também tive essa postura com o Vítor e vejo que a mãe que não pensa assim, sofre muito mais. Já conversei sobre isso com várias amigas, grávidas e mães de recém nascidos, também pelo twitter e orkut. E gostaria muito que as mulheres sempre pensassem deste jeito, tornaria a maternidade muito mais leve.

Não adianta querer que o bebê durma a noite inteira. Você pode querer, mas ele não vai corresponder às suas expectativas, o que vai trazer muito desgosto e cansaço. Como diria nossos avós, não adianta dar murro em ponta de faca. O bebê recém nascido é exigente, o centro do universo e quer tudo para aquele minuto.

Além disso, imagine se tudo o que você pudesse comer fossem líquidos. De quanto em quanto tempo sentiria fome? Pois é, ele só toma leite. O leite materno é digerido rapidamente e os bebês precisam se alimentar periodicamete duranteo dia e a noite, por pelo menos alguns meses. O estômago deles é muito pequeno para segurar um suprimento que dure a noite toda.

Já os bebês alimentados com as fórmulas artificiais podem aguentar até 4 horas entre mamadas, porque demora mais para ser digerida que o leite materno. Ainda assim esses bebês precisam ser alimentados durante a noite quando acordam.

Sabendo disso, como querer que eles durmam como os adultos dormem? Olha só o que a autora Janet Balaskas diz sobre isso:

"Alguns pais têm expectativas não realistas sobre seu bebê e podem lutar por meses, tentando fazer com que seu filho tenha um padrão de sono que não se adequa à sua fisiologia. (...) Nos dias atuais, muitas pessoas têm um estilo de vida pressionado pelo tempo, de movimento rápido e orientado pela carreira, que requer sono ininterrupto à noite. Essas pessoas podem, portanto, ser atraídas por um método de “treinamento de sono” que prometa que seu filho pode ser ensinado a dormir sozinho desde cedo. Pode ser dito que nossa sociedade é obcecada com fazer os bebês “dormirem a noite toda” o mais cedo possível."

Também posso completar com um trechinho do livro que citei lá em cima:

"Recém-nascidos não têm problemas para dormir, mas os pais, sim. Bebês dormem quando estão cansados e acordam quando estão prontos. Se o horário deles gera conflito com o seu, o problema não é dos pequeninos, que nem mesmo sabem o que está acontecendo."

Enfim, o ponto onde quero chegar é:

1 - Tenha bem claro em sua mente que a prioridade é o seu bebê. Sua casa não é prioridade, nem você, nem seu marido. Quanto mais expectativas você criar sobre fazer coisas não ligadas ao bebê, mais você vai sofrer para passar por esta fase;

2 - Se você, como eu, tem outro filho, consiga alguém para dar atenção pra ele enquanto você se dedica ao novo bebê. Sempre que você puder, fique com o mais velho com e sem a presença do bebê, para que ele veja que não foi esquecido com a chegada do caçula e acostume-se com a presença dele. Mas uma pessoa para se dedicar a ele é importante neste começo para que você possa entrar no ritmo do bebê sem se sentir culpada por "abandonar" o mais velho.

3 - Aprenda a se "desligar" da pequena bagunça doméstica. A "neura da limpeza" definitivamente não vai ajudar nessa fase. Você terá muito tempo depois para organizar tudo do jeitinho que você quer e gosta. Um pouco de desorganização agora não vai matar ninguém e faz parte do processo. (se o marido reclamar, mande-o ir limpar)

4 - Nessas primeiras semanas, deixe o bebê dormir no seu quarto. Eu coloco a Alice ao lado da minha cama, no carrinho dela. Isso evita aquele vai e volta do seu quarto pro dele a noite inteira. Você já vai ter pouco tempo pra dormir, imagina se ainda tem que se deslocar! Detalhe: isso não significa colocar o bebê pra dormir na cama com você!!!

Abre parenteses E aqui vai a minha opinião, extremamente pessoal. Pra mim, cada macaco no seu galho. Dormir com um bebê na cama pode ser perigoso e, além disso, interfere no seu relacionamento com o seu marido, que já deve estar suficientemente extremecido pela gravidez, né? Tá bom que nos primeiros 40 dias nada demais vai acontecer mesmo, mas pra quê se privar do carinho? Fecha parenteses

5 - Quanto mais você entrar no ritmo do bebê, menos cansada você vai se sentir. Não se acanhe de dormir até meio dia ou mais. Se você parar para contar, mesmo dormindo até esse horário, provavelmente não terá dormido nem 6 horas. Sim, seu horário de almoço e demais refeições vai ficar diferente dos demais mortais. Mas quem disse que você é um mortal comum, né? Só tome cuidado para não descuidar da alimentação, pois o bebê precisa de um certo aporte de calorias que será provido por você - se você amamenta, claro. Eu me consulto com uma nutricionista, que me orienta direitinho sobre o que eu devo fazer.

Dicas para saber mais:

Soluções para Noites sem Choro - Elizabeth Pantley - Ed. M. Books

Dica interessante

Descobri este site ontem e achei muito interessante, principalmente para quem tem filhos da idade do Vítor. E também pra quem não é mãe, mas como eu, adora uma coisa infantil bem feita.

Esse site foi feito pela Bauducco para o Natal. A criança pode colocar seu nome, escolher uma roupinha e características para o bonequinho que vai representá-la e depois ver livrinhos com historinhas de Natal com o nome dela e o boneco que fez. No final, dá pra imprimir ou salvar no computador em formato .pdf.

O endereço é http://www.natalbauducco.com.br

sábado, novembro 28, 2009

Vítor formando

O Vítor vai se formar este ano. É, coisa mais chique isso, formatura do jardim de infância. No meu tempo isso só aconteceria no ano que vem, eram 3 anos, agora são só 2. Enfim, ele está se sentindo muito importante e feliz com tudo isso.

Eis que, na quinta-feira ele chega da escola e me pergunta:

- Mamãe, o que é um orador?

E eu toda empolgada:

- Quem te disse isso? Você vai ser o orador da turma?

E claro, já agarrando o menino, né? rs E ele:

- Vou, mas o que faz um orador?

E eu, abraçando o pequeno:

- Quem te disse???

- A tia Jaine, mãe. Ela disse que é pra fazer um bilhete bem bonito. Mas o que faz um orador???

Aí eu expliquei, claro, entre muitos beijos e abraços. Esse menino me dá um orgulho!!

***Só sei que eu é que vou ter que fazer o discurso dele. E me pego pensando: o que se diz numa formatura de jardim???***

sexta-feira, novembro 20, 2009

Ser mãe é difícil?

Estamos no carro, depois de um dia ótimo de passeios. De repente, o Vítor me pergunta: "Ser mãe é difícil?". E eu penso logo que foi algo que alguém falou, sei lá, né? "Quem te disse isso, meu filho?" Ele me diz, com tranquilidade: "Ninguém, mãe. Eu só quero saber se ser mãe é difícil."

Sempre tento ser o mais sincera possível com meu filho, então a resposta é natural: "Sim, Vítor. Ser mãe é difícil. Mas é muito bom também". E ele pergunta: "Por que??" E eu: "Ter mãe é bom? Então! Ter filho também é muito bom"

Então embarcamos numa conversa, que envereda no assunto de um post que está na minha cabeça há semanas, mas eu nunca consigo tempo suficiente para colocar aqui.

Explico a ele que é também pode ser muito fácil ser mãe. Conto pra ele que muitas mães podem amamentar seus filhos, mas preferem dar o Nan porque é mais fácil e faz o bebê dormir mais e elas dormem mais. E conto também que eu escolhi o caminho mais difícil e amamentei ele, assim como estou fazendo com a irmã dele, porque o leite materno é muito bom para a saúde dos bebês, protege contra um montão de doenças.

Pausa

Depois que escrevi este post, minha amiga carioca Flavinha completou: "Aquilo que parece `fácil` pra umas, é uma tristeza grande pra outras. Frutração...". E penso, com o coração doendo, que é exatamente isso: umas jogando fora o dom que Deus deu a elas, por puro comodismo, enquanto outras que querem tanto, não podem. De qualquer modo, ainda acredito que Deus escreve certo por linhas tortas. E o mais importante é se esforçar pra ser MÃE, não apenas mãe. E como ela faz de tudo pra ser MÃE, valeu uma edição neste post!

Despausa

Explico também que seria muito fácil eu deixar ele dormir a hora que ele quiser e fazer o que ele quiser. Mas que eu não posso fazer isso, porque eu sou grande e sei de mais coisas do que ele. E sei que dormir faz bem, que as crianças precisam de um certo tanto de sono para ficar saudáveis. E que o sono é como uma cola, que "gruda" o que aconteceu no dia na nossa cabeça, pra gente não esquecer. Explico que não posso deixá-lo fazer o que quiser, porque senão ele vai ficar grande e vai sofrer muito, porque no mundo dos adultos nem sempre a gente faz o que a gente quer.

E a conversa foi longe, o trajeto quase todo. Conversamos bastante e esclareci tudo do melhor jeito que eu podia, de acordo com o entendimento dele (que pra mim já é muito pra uma criança de 5 anos).

Agora eu fico pensando em como tudo isso tem a ver com o que eu tenho pensado nesses dias. Em como, quando se é mãe, nem sempre o caminho mais fácil pra gente é o melhor caminho para a criança. Pensando que essas noites mal dormidas por causa da amamentação da Alice são um preço ínfimo a pagar pela saúde da minha filha, pelo vínculo que criamos durante este tempo. E pensar que tem mãe que não quer amamentar porque diz que o peito vai cair!! Os meus não caíram com o Vítor, mas se esse for o resultado mesmo, que caiam então. Eu vou estar feliz com a felicidade deles.

Obrigada, meu querido filho, por ter tornado este post possível! Aliás, obrigada aos dois (Vítor e Alice), por tornar a minha vida possível e maravilhosa. Amo vocês!

quarta-feira, novembro 18, 2009

Pérola!

Ôpa! Lembrei de uma!!

Ele passa a mão no meu cotovelo e fala: "mamãe, você se machucou? Ah, não! É só porque você seu cotovelo está desidratado. Melhor passar um creme, né?"


kkkk

terça-feira, novembro 17, 2009

Rapidinhas

Ontem Alice fez 1 mês. Tá cada dia maior, mais linda e mais manhosa e escandalosa. Agora, qdo precisa (também quando não precisa) bota a boca no mundo, chora como se tivessem matando. Criaturinha escandalosa...rs E um dengo só: coloco na cama e deito do lado, um pouco afastada. Ela vai se esticando toda pro meu lado, braços, pernas, cabeça...rs Uma fofura, esse meu novo carrapicho! Agora são dois, né? A música que eu canto pro Vítor, já já vou estar cantando pra ela também:

"Não grude não, não grude, não grude não
Carrapicho de jardim"

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Fomos ao pediatra ontem, consulta de um mês. Tudo ótimo, ela está com 4,300 kg e 58,1 cm. E super saudável. Vamos que vamos! :-)


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Esse negócio de viver a vida em turnos de 2 horas faz a gente perder alguns neurônios. Vítor falou umas pérolas ótimas esta semana, quem disse que consigo lembrar?? Queria tanto colocar aqui! Agora vou anotar imediatamente, nem que seja no guardanapo de papel. Nada mais de confiar na minha memória.


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Mas já que não tem pérola do Vítor, vamos pra pérola da minha mãe. Depois que saímos do pediatra ontem, fui com a Alice pro shopping, jantar com minha irmã e meu cunhado. Chamei também minha mãe. Aí, qdo deu umas 9 e meia, ela reclamando que eu tô batendo perna na rua com a menina, solta essa:

"Se o Gustavo tivesse autoridade sobre você, não ia te deixar ficar na rua até tão tarde com essa menina!!" rsrsrs

Quem vê pensa que minha mãe saiu do século retrasado...hehehe


segunda-feira, novembro 16, 2009

A foto prova o nome do blog

Vítor recebeu da professora a tarefa de ler o livro Aladim. Ele sabe ler direitinho, aprendeu como num estalo, em junho, pouco antes das férias escolares. Mas ele é preguiçoso que dói, enrolou a semana inteira pra completar a tarefa.

Até que um dia peguei o menino de jeito assim que chegou da escola, aproveitei que a Alice tava tranquila e o coloquei na minha cama pra ler de uma vez o tal do livro. E ficamos assim, lado a lado, os 3.

A Alice adorou a idéia. Já percebi que ela gosta de ouvir a voz do irmão (acho que foi o que mais ouviu na minha barriga, né? Ô menino pra falar! kkk). E o colorido do livro também ajudou.

terça-feira, novembro 10, 2009

Presentinho, presentão

Olha o que eu (eu??) e a Alice ganhamos da tia Lú Brasil!! Um porta biju muito fofinho, que vai combinar com a decoração do quartinho, que será dela e do irmão, com tema do fundo do mar.

Muito obrigada, tia Lú!! Vou te recompensar mais tarde, sendo uma nora muito boazinha pra você...rs (quem disse que Alice não vai namorar o Bigú? Afinal, tô pra ver bebês que mamem mais do que estes dois! rs)

domingo, novembro 08, 2009

Apresentando os personagens

E já que estamos inaugurando o novo blog, vamos apresentar os personagens que vão aparecer por aqui sempre:

Vítor Alves
5 anos e 10 meses

Sapeca, inteligente, cheio de tiradas que nos matam de rir e idéias muito boas, que nos surpreendem muitas vezes. Foi o primeiro da sala a ler e agora sai lendo de tudo, de placas de trânsito a rótulos de produtos.


Alice Alves
Quase um mês (no dia de hoje, né?).

Um anjo de bebê. Mal chora, mesmo para mamar. Dorme bastante e quase não dá trabalho pro papai e pra mamãe. Ta começando a ficar espertinha e fazer bagunça.

Tatiana Alves
31 anos

Também conhecida por Tatiana Passagem - sobrenome que ganhou do marido no casamento. Jornalista, adora escrever e não perde a chance de imortalizar os momentos especiais da família, seja em texto ou fotos.


Gustavo Passagem
28 anos

Engenheiro de produção. Papai de primeira viagem da Alice e super paizão pro Vítor, desde que ele tinha um ano e meio. Super esforçado, carinhoso e atencioso com a família, tem também um lado muito engraçado - mesmo que não queira admitir!