segunda-feira, janeiro 28, 2013

Minhas impressões sobre o documentário "Muito Além do Peso"

Uma das cenas iniciais do documentário
Eu e Vítor assistimos juntos ao documentário "Muito Além do Peso". Confesso que fiquei pensando se não era arriscado assistir com ele assim de primeira, sem nem ter dado uma espiadinha antes. Vai que tinha algo inapropriado para a idade dele, sei lá. Mas por tudo que eu tinha lido por aí, achei que valia a pena arriscar e que provavelmente traria mais benefícios do que malefícios. E depois de assistir achei que precisava compartilhar um pouco das minhas conclusões. Por isso acho que esse post será um pouco polêmico, afinal opinião é que nem nariz, cada um tem o seu. Só que acho que o público que costuma me visitar aqui geralmente lida bem com opiniões divergentes, o que sempre gera um debate saudável. Espero que continue assim! :)

Não concordo com tudo o que foi dito lá, mas acho que todo mundo deveria assistir também. Os que têm filhos e os que não têm. Crianças também. Deviam passar nas escolas. Não acho que tudo que foi dito lá deve ser aceito como verdade absoluta e nem que devamos mudar radicalmente de opinião e de vida. Mas acho que é muito bom para refletir e enxergar um pouco mais do que estamos acostumados a ver todos os dias.

Esse é um assunto tão amplo e complexo que nem sei se vou conseguir passar direito o que eu penso aqui, sem deixar algum mal entendido. Mas também vou correr esse risco. Eu sempre bato na tecla de que é preciso haver equilíbrio na vida. Não dá para negar que essas guloseimas são ótimas, super gostosas, que todo mundo prefere mesmo isso a coisas saudáveis (claro que existem exceções por aí). Só que é aí que entra o papel do adulto: por mais que seja muito mais gostoso, não dá para comer todos os dias. É preciso ser a exceção e não a regra. E para isso é preciso dizer não para a criança, por mais difícil que isso pareça ser. Afinal, crianças só enxergam o imediato, ao contrário dos adultos.

 E é exatamente por isso que cabe ao adultos o papel de não deixar isso acontecer, porque sabemos que nem tudo que é bom hoje será bom amanhã. O problema é que isso nos torna os chatos da história. E eu percebo que atualmente muitos pais não querem ser chatos, eles querem que os filhos tenham verdadeira admiração por eles, os filhos não podem ser frustrados. Como no começo do documentário, quando o menino se joga no chão e faz uma bela pirraça. A mãe resiste um pouco, mas dá o pacote de batatas que o menino quer. Pode até parecer, mas não estou julgando aquela mãe, eu também não sou a mãe perfeita. Mas o problema é exatamente esse: cada vez que recompensamos nossas crianças por um mal comportamento para que ela fique quieta ou para que não nos sintamos mal, criamos um problema ainda maior. Quando isso acontece de vez em quando, beleza. Mas quando isso se torna uma rotina, vira mesmo um problemão.

Outra coisa que me deixou muito surpresa é o desconhecimento dos pais a respeito do que é ou não saudável. E de acharem que o que passa na televisão é sempre verdade. Isso é um problema muito arraigado, com raízes muito profundas. Se a indústria se aproveita disso? Claro que sim. O problema é exclusivamente deles? Absolutamente não! Porque não há ELES, sinceramente. Não são robôs que estão nas fábricas, nas agências de publicidade, nas diretorias das grandes empresas. Somos nós, nossos maridos, nossos primos, nossos pais e mães, nossos primos e nossos amigos. São pessoas. Somos NÓS! E é por isso que acredito que precisamos parar de culpar os outros e olhar mais para dentro. É preciso disseminar a informação, fazer o esclarecimento e lutar para que isso vá o mais longe possível. Está nas nossas mãos.

Ainda há muito o que eu gostaria de falar! Sobre a facilidade dos produtos industrializados, sobre como nos acomodamos com a praticidade deles, sobre como nos enganamos quanto à quantidade de comida que uma criança precisa e sobre a minha experiência aqui em casa, sobre o que eu resolvi que vai mudar e o que eu acho que já estou no caminho certo. Ah, claro! Sobre os resultados de ter feito o Vítor assistir comigo, bons e ruins. Mas isso vou deixar para outro post, que já falei muito Por agora...rs

Enquanto não publico o outro post, que tal você também assistir ao documentário e me contar o que achou?


Um comentário:

Chris Ferreira disse...

Oi Thaty, muito bom o seu post. Adorei a sua colocação e vou ver o documentário com as minhas filhas e volto pra contar como foi. Muito obrigada pelo estímulo.
Beijos
Chris
@InventandoMamae
#amigacomenta