quinta-feira, março 14, 2013

Meu filho se alimenta mal. E agora? - parte I

Dr. Carlos Nogueira, pediatra nutrólogo
Qual a mãe que não tem nenhuma preocupação com a alimentação dos filhos? Mesmo quando eles comem bem a gente acaba tendo dúvidas e nos perguntando se estamos mesmo fazendo o certo. Lá em casa eu tenho os dois lados da moeda: Vítor, que é MUITO chato para comer e Alice, que come de tudo, mais ou menos como uma refugiada da Etiópia. Então tenho sempre que me virar em mil para fazer com que os dois tenham seu aporte diário de nutrientes, porque comer muito não significa comer bem.

Na semana passada participei de um Workshop da Abbott com o pediatra nutrólogo Dr. Carlos Nogueira e confesso que fiquei que nem pinto no lixo com tudo que ele falou, principalmente por causa do Vítor, que é o que me dá mais trabalho com isso. E como sei que tem muita gente na mesma posição que eu, resolvi compartilhar um pouco do que aprendi lá, o que será feito em vários posts. Hoje vou falar sobre o estilo de ser pai/mãe em relação à alimentação:

Controlador

- Controla a alimentação dos filhos;
- Restringe alimentos;
- Pressiona as crianças a comer;
- Ignora sinais de fome e saciedade.

Passivo

- Desiste das responsabilidades;
- Não estabelece limites;
- Ignora sinais de fome ou necessidades físicas e psicológicas da criança.

Indulgente

- Não estabelece limites;
- Alimenta a criança com o que, onde e quando ela quer;
- Prepara comidas especiais para a criança;
- Ignora os sinais de fome.

Responsivo

- Orienta a alimentação da criança;
- Estabelece limites;
- Comem como modelo e conversam sobre comida de forma positiva;
- Respondem aos sinais de fome e saciedade da criança.


O que eu pude perceber, tanto pela conversa com outras mães e blogueiras de lá, quanto pela minha experiência, é que a gente acaba não se encaixando em uma só categoria. Temos traços de diversas e as vezes passamos um tempo em uma ou outra. De acordo com o Dr. Carlos Nogueira isso é perfeitamente normal, mas precisamos ter sempre o modo responsivo como objetivo a ser alcançado.,

E o que ensinamos a nossos filhos quando agimos de cada um dos modos acima?

Controladores

- Ajustam mal as calorias;
- Comem menos frutas e legumes;
- Maior chance de estar acima do peso.
Passivos

- Dietas baixas em nutrientes e ricas em gordura;
- Maior chance de estar acima do peso;
- Bebem menos leite.
Indulgentes

- Fraco senso de fome e saciedade;
- Relutância em provar novos alimentos e sabores;
- Gosto por alimentos não saudáveis.
Responsivos

- Compreensão de fome e saciedade
- Experiências com novos alimentos sem estresse
- Padrões de refeições culturais e familiares;
- Alimentos são bons;
- Comer é prazeroso.

Nos próximos posts vamos falar de como fazer para ser mais responsivos, qual a influência dos pais e das crianças nos hábitos alimentares, quando se preocupar e quando/como usar suplementos e vitaminas.

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