sexta-feira, maio 30, 2014

A febre da troca de figurinhas da Copa

Quem tem filhos (e até quem não tem) já deve ter percebido a febre que está por aí das figurinhas da Copa. E, claro, esta febre também entrou na minha casa. Vou pular a parte da polêmica acerca da Copa e todo esse bla bla bla, não por achar inútil, mas por não ser o assunto principal desse post. Hoje eu quero falar sobre como essa febre está ajudando a educar o meu filho.

A maior parte das pessoas sabe como completar um álbum de figurinhas: compre muitas, troque as repetidas com os amigos. Acontece que, com a Copa acontecendo no Brasil, está acontecendo também um outro fenômeno: muitas trocas de figurinhas entre pessoas que não se conhecem. Claro que isso deve acontecer com um ou outro álbum, em locais esporádicos. Mas nunca vi com a força que está acontecendo agora. Acontece nas praças, nas ruas, nos shoppings, em todo lugar.

E aí que o Vítor, claro, também quer trocar suas figurinhas e completar seu álbum. Por isso, volta e meia o levo a algum destes lugares. O primeiro desafio foi perder a vergonha e abordar as pessoas perguntando se elas queriam trocar figurinhas. De tanto que o pessoal o abordava primeiro, logo ele perdeu a vergonha e se acostumou. 

Mas logo ele aprendeu que, sem planejamento, as trocas não iam funcionar. Ele não sabia quais figurinhas tinha e nem quais estavam faltando. Por isso, ele me pediu para ajudá-lo a fazer uma planilha onde ele pudesse marcar isso e facilitar as trocas. Serviço feito, fomos às trocas novamente. E então ele descobriu que com as figurinhas fora de ordem as coisas também não andavam muito bem.

Fora isso, ele aprendeu a lidar com os oportunistas que querem trocar duas ou mais figurinhas por uma, ou vender duas por um real (sendo que um pacote com cinco custa um real). Ele entendeu que às vezes vale a pena recorrer a alguém assim, mas que esse deve ser um episódio esporádico e não recorrente.

Sabe quem também ganhou com isso? A mãe dele, que está tendo a oportunidade de vê-lo se empolgar com mais essa fase, assim como teve a fase de andar fantasiado de super-herói, de andar por aí com a galocha de sapo ou de usar chapéu todos os dias. Cada dia mais eu agradeço a Deus a possibilidade de participar e apoiá-lo nesses momentos, sabendo que tudo isso um dia passa e logo ficamos com saudade.

E por aí, também chegou a febre das figurinhas da Copa?

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