sexta-feira, julho 01, 2011

Crianças e celulares




Eu sou contra crianças da idade do Vítor terem celular. Enquanto eu estiver no meu juízo normal, eu não vou com ele a uma loja de celulares e sair de lá com um aparelho novo, não interessa o preço que ele custe. Não acredito que isso seja uma necessidade para crianças, principalmente porque eu sei onde ele está o dia inteiro e, se tiver alguma emergência e eu precise falar com ele, sei onde posso ligar. Nem vou entrar na discussão da saúde e bla bla bla, porque tudo isso é muito vago e ainda não existem estudos convincentes sobre o assunto. Pelo menos não pra mim.


Vítor é louco por tirar fotos e fazer filmes pelo celular (na câmera também). E também adora os joguinhos. Aliás, ele adora todas as funcionalidades de um celular, mas não dá a mínima bola para o objetivo real de um celular: fazer e receber ligações.

Eis que minha mãe trocou o aparelho dela por um mais novo e me perguntou se podia dar o velho pro Vítor ficar fazendo fotos, filmes, jogando e tal. Eu concordei. Quando chegou aqui, descobrimos que o aparelho não funciona sem um chip e o que eu tenho já perdemos os códigos PIN, PUK e assemelhados. Então, lá foi minha mãe (vó é uma coisa) comprar um chip novo pro Vítor. Na hora de pagar, ela se embananou e colocou R$ 10,00 de créditos pra ele. E foi aí que o menino descobriu as mensagens de texto...

Estamos há 3 meses morando longe da família. Ele, mais do que todos nós, sente muita falta da dinda, do avô e da vovó. Até a Alice nascer, ele era a única criança da família, dá pra imaginar o quanto era (e ainda é) paparicado, né? Então comecei a gostar do fato dele ter um celular, pra falar com a família e matar a saudade. Mas é claro que, como tudo naquela casa, defini algumas regras:

1 - Nada do celular ir pra escola (o que ele contra argumentou que na escola dele é proibido. E o Vítor é assim: se é proibido, ele morre mas não faz)

2 - Nada de enviar ou responder uma mensagem sem me consultar antes.

3 - Quer recarregar? Tudo bem, mas com o dinheiro da mesada dele.

4 - Desligar durante a noite e durante o dia (quando ele está em casa) deixar com o volume baixo.

Acho que é isso, basicamente. Se aparecer alguma outra situação, vou criando outras regras. De qualquer modo, o celular tá mais pra qualquer tipo de aparelho, menos um celular. Ele grava o que a gente fala e fica reproduzindo, tira foto de tudo, filma, aprendeu a fazer uma gravação e atrelar ao toque do alarme, programa pra tocar na hora de acordar... uma beleza! rs

E vocês, o que acham de celulares para crianças?

10 comentários:

Dani Brito disse...

Thaty, sou a favor nessas situações citadas por vc e com o uso que o Vítor faz dele.

Nada como ter regras definidas - norteiam o comportamento de qualquer criança!!!

Beijo e parabéns pro filhote super consciente.

Fernanda disse...

Meu filho tem apenas 4 anos, mas como tenho alunos de 5 anos que já tem celular... sou contra. Não vejo a funcionalidade de um celular para uma criança. É pelos joguinhos? É pela câmera? Ele pode usar o video game e a camera fotografica. Para mim, celular é para ser usado como telefone. Não acho que celular com criança resolverá qualquer tipo de problema.

Abraço,
Fernanda
mybabiesrock.blogspot.com

Sherol disse...

Nunca tinha pensando nisso seriamente antes de ler teu texto...

Acho realmente desnecessário um celular pra uma criança e devo dizer que gostei da tua proposta: transformastes o celular num brinquedo a mais.

Curti!

Bjs,
Sherol

Unknown disse...

Meu filho ainda não têm idade para usar celular, mas... como o pai e eu trabalhamos em uma empresa de tecnologia que produz app's para celular, acredito que vai ser complicado quando ele começar a querer ter um.
Mas vou seguir seu exemplo, criar regras.

Rogeria disse...

Sempre achei errado criança muito pequena cm celular,desnecessário...
A Su ganhou o dela no Natal passado #aos10,mas a comédia deixava desligado para ñ gastar bateria...kkkk
Ela usa para mandar mensagens para mim e pro pai, liga para as avós e fala com uma amiga,na maioria das vezes fica desligado na gaveta...a escola tbém ñ permite e ela tbém é caxias com isso,mas qdo tenho que sair peço para ela levar,caso eu me atrase falo direto com ela...
Daniel #aos8 ganhou um do meu irmão,mas ele mesmo ñ liga,ainda mais q os jogos são ultrapassados e ñ tem câmera...ele nem sabe por onde anda...
Acho que tudo tem sua hora e necessidade...Bjs e adorei o post...

Recursos, Estratégias e Experimentos Didáticos 2021 disse...

Desnecessário ter um celular nessa idade onde o lugar que eles vão sem os pais é a escola.
E mesmo assim para os maiores levar para escola pra q? Vc deixa lá na escola, pode ligar pra saber se tá tudo bem, pra q celular?
Nada contra celular, mas vamos ser coerentes!

Unknown disse...

Eu penso exatamente como você Thaty!
E as regras foram muito bem pensadas.
Meu enteado mais velho precisava dessas regras e ainda de mais uma relacionada ao tipo de música que ele ouve no celular! Ninguém merece ouvir aquele funk! haha

Acho que do jeito que você fez Vítor vai saber fazer bom uso do presente da vó!

Bjs

Claudiene Finotti disse...

Oi Tathy!

Vim retribuir a visita adorei o seu texto sobre o celular e seu filho.

Acho q tudo tem que ser dosado, né? Nem dá prá ser radical prá um lado nem prá outro.

Quanto ao seu comentário, realmente, tem gente que é tão estrupício que logo q vê uma barrigudinha já começa e falar em bebês doentes, má formação, etc etc... ô povo maldoso!

Mas pode acreditar, prá adotar é pior. Eu sou muito franca, quem ousar discriminar meu filho seja lá que cor ou como ele for, nem precisa vir na minha casa. E tenho dito...rs...

Bjocas.

Clau

Beatriz Zogaib disse...

Honestamente, sou contra. Além do mais, viu que existem evidências suficientes para dizer que o uso excessivo de celular é cancerígeno? Imagine que todos já usam bastante na idade adulta... Mas vai de vc, sua escolha, é seu filho certo?
Agora, eu escolhi seu blog para deixar um selo. Vai lá no Vida da Mami pegar ok? Gosto muito dos seus textos...
abs,
Bia

Jeniffer disse...

Olá! Eu ainda não parei para pensar numa situação parecida, mas concordo com as suas regras. O lance é que no mundo atual fica muito complicado vetarmos certas funcionalidades da vida dos nossos pequenos... nossas crianças não conhecem quadro negro e as minhas em particular, quando começarem a copiar do quadro, o mesmo já deve ser touch screen!