As pessoas têm mania de comparações. Elas adoram comparar uma coisa com a outra. Principalmente as mães. E também adoram entrar numa de "meu filho não está fazendo o mesmo que o filho da fulana está". Algumas pessoas também adoram torturar pobres mães com frases do tipo "como assim seu filho tem 7 meses e ainda não senta?", "seu filho tem 1 ano e não fala? Tem algo errado!" ou ""sua filha tem 8 meses e não engatinha? Não pode!!"
E se temos dois filhos então? Ah, aí as comparações são inevítáveis. Ainda bem que a minha família não é muito disso, senão seria assim: "Ué, Vítor com a idade da Alice já ficava em pé sozinho com apoio". "Nossa, o Vítor com 8 meses já engatinhava, será que não tem nada errado com a Alice?". Mas claro que o fato da MINHA família não falar, não impede que OS OUTROS falem, né? kkkk
Ainda bem que sou muito light com isso. E eu não caio - como algumas mães caem - na tentação de ficar sofrendo por algo que o filho não faz e o filho da vizinha, da mesma idade, já faz.
Cada criança é uma criança. Melhor ainda: cada ser humano é um ser humano. Temos nossas diferenças, nossos ritmos, nossos gostos. Todos esses são particulares. Claro que existem 2 (ou mais ) indivíduos com ritmos parecidos ou gostos parecidos. Mas não dá pra fazer disso uma regra. Se você tem 10 filhos e cria todos do mesmo jeito (se isso fosse possível), eles vão ser diferentes.
O que fazer então? Claro que isso é a minha opinião, cada um tem a sua. Mas na MINHA (humilde) opinião, o negócio é fazer como os pinguins do Madagascar, sorrir e acenar (
não conhece? Olhe aqui). Aliás, ainda acho que essa é a primeira lição que toda mãe deve aprender, desde que fica grávida. Mãe que não utiliza essa tática, sofre demais na vida, aff!
Aproveitando este tema, outra coisa eu que me incomoda demais são as pessoas que acham que só tem um jeito certo na vida para educar os filhos. E claro que esse jeito é o jeito dessas pessoas, né? Claro. Então vem as pérolas que dizem que você é menos mãe se tem filho por cesariana, é menos mãe porque não amamenta, é menos mãe porque dá outros alimentos antes dos 6 meses, é menos mãe porque trabalha fora, é menos mãe porque tem uma babá, é menos mãe porque põe o filho na creche. Eu poderia passar o resto do dia aqui falando isso.

Acontece que NÃO existe SÓ UMA forma de criar os filhos. E sabe por que? Justamente pelo que falei lá em cima: cada ser humano é um ser humano diferente. Tanto as mães quanto os filhos. Então dizem: é fácil amamentar. Pode ter sido pra você, mas tem outras milhares de mães por aí que também queriam muito e não conseguiram. Eu tenho algumas amigas que passaram por isso e sofreram bastante, coitadas. (Flavinha não me deixa mentir, né sister?). E sofreram principalmente por causa dessa opressão generalizada. Dá pra crer que a paravam na rua e diziam "coitadinho", quando ela falava que não conseguiu amamentar? Pois é, Pedrão é 3 dias mais velho do que a Alice e tá lá, lindo, forte, sapeca e saudável. E engatinha desde os 6 meses. Alice com 8 meses ainda não engatinha. Dá pra comparar então?
Uma mãe não é boa mãe porque introduz alimentos antes dos 6 meses? E as que precisam trabalhar, vão matar seus bebês de fome? Decerto isso é ser boa mãe, deixar as crianças desnutridas. Uma mãe é imperfeita porque contrata uma babá para ajudar em casa? Então carregar o mundo nas costas e ficar sobrecarregada e estressada deve ser requisito pra ser boa mãe, certo? Uma mãe é partidária de dar palmadinhas nos filhos, isso dá direito a outra pessoa de vir criticar? Como disse minha amiga Marília Mercer, eu gostaria da minha parte dos palpites em fraldas, por favor.
Algumas pessoas por aí dizem que não existe isso de SER MENOS MÃE. Eu acho que existe sim. Uma mulher é MENOS MÃE DO QUE OUTRA quando negligencia os filhos, quando espanca as crianças a ponto de mandar pro hospital, quando as deixa sozinhas em casa de noite para ir pro bar encher a cara, quando abandona um recém nascido na lata do lixo e não se arrepende do que fez. Assim como a lista de críticas, eu poderia passar o resto do dia aqui listando a lista das mães que são menos mães do que as outras.
Se uma mãe ama seu filho, ela é quem sabe o que é melhor pra ele. Ela pode estar errada? Claro que pode! Mas o que dá direito a outra pessoa ir lá criticar? Por acaso ela também não está errada em nada, nadinha? Nunca vai estar? Pois é, entramos na velha história de atirar a primeira pedra.
Acho que poderíamos propor ao mundo um acordo: vamos ser mais solidários com o próximo, tentar enxergar melhor as dificuldades do outro. A maternidade precisa ser mais valorizada e menos criticada. E aí fica o mote pro próximo post, quando vou falar de um movimento muito legal que tá rolando na internet.
Eu amo muito os meus filhos e estou sempre tentando fazer o melhor para eles. Se errei? Claro que errei, um montão de vezes. Mas ainda assim fiz achando que era o melhor para a vida deles. E quando vi que estava errada, fui logo atrás de outra forma de alcançar o objetivo. Afinal, o bom desta vida é que a gente pode recomeçar. E pra isso, graças a Deus, existem MUITAS formas de alcançar o mesmo objetivo.