Essa semana que passou vivi uma das mais difíceis experiências da minha vida. E a história tem tantos detalhes e é tão grande que vou ter que publicar aqui por partes. Vamos começar:
Na noite de sábado para domingo, Alice não dormiu bem, chorava demais, não dormia mais do que 15 minutos. Febril e enjoadinha, de manhã vomitou, puro catarro. Saímos de casa para o hospital, eu achando que dessa vez ela não escaparia de um antibiótico, mal sabia que se fosse só isso eu deveria levantar as mãos pro céu.
Raio X feito, detectada uma pneumonia. Menina cansadinha, taca o oxigênio nela. Depois de algumas horas, a médica avisa: ela vai ter que ir pra UTI pediátrica. Enquanto esperamos a resposta do plano de saúde, fura a pequenina pra pegar uma veia. Dá cinco minutos e perdemos a veia. Tenta-se na outra mão. Mais cinco minutos e acontece o mesmo. Tenta no pé, acontece o mesmo, Outro pé, mesma coisa. E eu sofrendo a cada vez que furavam minha filha, que via a baixinha sofrendo.
Deram um tempo, vem a resposta do plano de saúde: ainda estamos em carência, faltam 16 dias. Como assim Golden Cross??? Na hora em que fizemos o plano, ele cantava, dançava, sapateava e ainda fazia comida pra gente!! E aquele papo de que a partir de 24 horas seria atendida qualquer emergência? Isso não é uma emergência?? Gustavo corre em casa e pega o contrato. Lê tudo e não acha nada. Liga pra Golden Cross e descobre que o tal "Quadros Clínicos em Geral" significa isso. Que beleza, né? Estou pensando seriamente em meter um belo de um processo neles, descaso total!!
Pausa - Agora seria a hora em que eu diria vocês: tomem MUITO cuidado ao fazer um plano de saúde. Acontece que nós TOMAMOS MUITO cuidado e fomos ENGANADOS. Afinal, "Quadros Clínicos Gerais" é uma bela de uma enganação, uma forma deliberada de enganar o seu cliente, prometendo algo e não cumprindo. Muito feio, viu Golden Cross? - Despausa
Aí começa a luta pra conseguir uma UTI pediátrica pública pra Alice. E eu sofrendo, porque sei que em Brasília isso é praticamente impossível. Aqui as pessoas só conseguem vaga em UTI por meio de liminar judicial, muitas vezes nem assim. Graças a Deus esses minutinhos que a Alice passou com o soro e o tempo no oxigênio deram uma estabilizada nela e parou de precisar de UTI. Mas ainda precisava de um local onde pudesse ficar em observação o tempo todo e o plano só permitia que ficássemos na emergência por 12 horas, nosso prazo estava se esgotando.
Aqui preciso agradecer ao pessoal da Emergência do Hospital Santa Helena. A enfermeira Ana foi incansável em buscar uma vaga pra gente nos hospitais, permitiu que a gente ficasse na emergência por mais de 6 horas - que é o permitido por lá, foi super atenciosa, abraçou a causa como se fossemos parentes dela. A pediatra Vivian também foi muito prestativa e dedicada, ajudando a defender a necessidade da Alice de ficar monitorada o tempo todo, falando com médicos de hospitais, brigando com a Golden para liberar a UTI Vida. As demais enfermeiras de lá também foram maravilhosas, não me lembro mais o nome de todas. Agora fica a crítica à falta de equipamentos mais apropriados para crianças pequenas. Tudo feito para crianças grandes, a máscara cobria o rosto todo da menina, o oxímetro pegava o pé inteiro!
Enfim, depois de tentarem por soro na Alice até pela veia jugular - que eu nem sabia que era possível - e muitas horas sentada numa cadeira ao lado dela, segurando a máscara de oxigênio, eis que às 5 da manhã chega a UTI Vida para nos levar ao HMIB (Hospital Materno Infantil de Brasília). Chegando lá, na hora pegaram a veia da baixinha, colocaram um cateter de oxigênio e pronto, fomos pra um quarto da emergência, para que ela fosse monitorada o tempo todo. E foi aí que eu vi a vergonha do Hospital Santa Helena: no HMIB, um hospital público, tudo era do tamanico da Alice, muito mais fácil.
No próximo post eu conto dos 7 dias que passamos internadas e de tudo que passamos por lá.
Na noite de sábado para domingo, Alice não dormiu bem, chorava demais, não dormia mais do que 15 minutos. Febril e enjoadinha, de manhã vomitou, puro catarro. Saímos de casa para o hospital, eu achando que dessa vez ela não escaparia de um antibiótico, mal sabia que se fosse só isso eu deveria levantar as mãos pro céu.
Raio X feito, detectada uma pneumonia. Menina cansadinha, taca o oxigênio nela. Depois de algumas horas, a médica avisa: ela vai ter que ir pra UTI pediátrica. Enquanto esperamos a resposta do plano de saúde, fura a pequenina pra pegar uma veia. Dá cinco minutos e perdemos a veia. Tenta-se na outra mão. Mais cinco minutos e acontece o mesmo. Tenta no pé, acontece o mesmo, Outro pé, mesma coisa. E eu sofrendo a cada vez que furavam minha filha, que via a baixinha sofrendo.
Deram um tempo, vem a resposta do plano de saúde: ainda estamos em carência, faltam 16 dias. Como assim Golden Cross??? Na hora em que fizemos o plano, ele cantava, dançava, sapateava e ainda fazia comida pra gente!! E aquele papo de que a partir de 24 horas seria atendida qualquer emergência? Isso não é uma emergência?? Gustavo corre em casa e pega o contrato. Lê tudo e não acha nada. Liga pra Golden Cross e descobre que o tal "Quadros Clínicos em Geral" significa isso. Que beleza, né? Estou pensando seriamente em meter um belo de um processo neles, descaso total!!
Pausa - Agora seria a hora em que eu diria vocês: tomem MUITO cuidado ao fazer um plano de saúde. Acontece que nós TOMAMOS MUITO cuidado e fomos ENGANADOS. Afinal, "Quadros Clínicos Gerais" é uma bela de uma enganação, uma forma deliberada de enganar o seu cliente, prometendo algo e não cumprindo. Muito feio, viu Golden Cross? - Despausa
Aí começa a luta pra conseguir uma UTI pediátrica pública pra Alice. E eu sofrendo, porque sei que em Brasília isso é praticamente impossível. Aqui as pessoas só conseguem vaga em UTI por meio de liminar judicial, muitas vezes nem assim. Graças a Deus esses minutinhos que a Alice passou com o soro e o tempo no oxigênio deram uma estabilizada nela e parou de precisar de UTI. Mas ainda precisava de um local onde pudesse ficar em observação o tempo todo e o plano só permitia que ficássemos na emergência por 12 horas, nosso prazo estava se esgotando.
Aqui preciso agradecer ao pessoal da Emergência do Hospital Santa Helena. A enfermeira Ana foi incansável em buscar uma vaga pra gente nos hospitais, permitiu que a gente ficasse na emergência por mais de 6 horas - que é o permitido por lá, foi super atenciosa, abraçou a causa como se fossemos parentes dela. A pediatra Vivian também foi muito prestativa e dedicada, ajudando a defender a necessidade da Alice de ficar monitorada o tempo todo, falando com médicos de hospitais, brigando com a Golden para liberar a UTI Vida. As demais enfermeiras de lá também foram maravilhosas, não me lembro mais o nome de todas. Agora fica a crítica à falta de equipamentos mais apropriados para crianças pequenas. Tudo feito para crianças grandes, a máscara cobria o rosto todo da menina, o oxímetro pegava o pé inteiro!
Enfim, depois de tentarem por soro na Alice até pela veia jugular - que eu nem sabia que era possível - e muitas horas sentada numa cadeira ao lado dela, segurando a máscara de oxigênio, eis que às 5 da manhã chega a UTI Vida para nos levar ao HMIB (Hospital Materno Infantil de Brasília). Chegando lá, na hora pegaram a veia da baixinha, colocaram um cateter de oxigênio e pronto, fomos pra um quarto da emergência, para que ela fosse monitorada o tempo todo. E foi aí que eu vi a vergonha do Hospital Santa Helena: no HMIB, um hospital público, tudo era do tamanico da Alice, muito mais fácil.
No próximo post eu conto dos 7 dias que passamos internadas e de tudo que passamos por lá.
8 comentários:
Amiga,
Como sempre vc dando provas da super-mulher que é vc. Pena que eu não estava aí pra te dar uma força!
Fico feliz que tenha dado tudo certo.
Um beijo grande da amiga,
Dany
eu li o post com meu coração muito apertado, imaginando como se fosse com a sabrina!
E tanto você quanto sua pequena foram guerreiras nessa fase!
e superaram juntas!
beijos
aH... Minha Querida...
Meu coração ficou pequenino, porque já passei por partes do que vc passou. Td bem que a Ceci não era tão pequenina, mas ao longo do seus dez anos foram 10 cirurgias no braço e 4 enxertos. Tinha dia que me sentia a pulga do cachorro vira-lata, mas td passa e temos que tirar as melhores lições desses momentos. Depois disso, valorizamos ainda mais as pequenas coisas, não?
Que Deus abençõe vc e sua família.
Bjs do fundo do coração
Oi,
Vc pode acionar a ANS q é a agência q regulariza e fiscaliza os planos de saúde, tem q tá nítido no contrato, se não, eles são multados!!!
Sou auditora da ANS e falo isso pq já vi vários casos iguais ao seu!!!
Boa sorte!
Agora eu me pergunto: Por que numa hora dessas nem lembra dos amigos não é mesmo???
Thaty, sei o que passou. Paulo Dudu teve pneumonia 2 vezes antes de completar 1 ano: com 4 meses e depois com 11 meses.
Temos convênio também — da CASSI, se necessário, também podemos levar as crianças ao pediatra particular [...]
Mas, sem dúvida nenhuma, quando é emergência vamos direto pro HMIB, nem paramos em outro hospital particular, porque sabemos que será em vão (muitas vezes!)
Sabemos como anda o caos da medicina já tão sucateada [...] E, infelizmente, se alguém tem "culpa", certamente, não são os médicos [...] mas tudo isso é outra conversa.
Agora estou aflita e que saber notícias da Alice. Se precisar, pode ligar! (81265798) beijo!
Poxa Thaty que barra hein? Imagino e consigo sentir perfeitamente o drama, sou mãe.
Mas que bom que tudo deu certo?!
Poste mais notícias...
Estarei privatizando meu blog, passa lá e deixa seu email para eu te convidar, pois não quero perder de vistas as amizades feitas por lá, quero muito que você continue fazendo parte dessa história!
Beijos...
Beijos.
é o capitalismo nega! Como se já não bastasse todo o sofrimento da mãe e do Bebê ainda tem que aturar enrolo de plano de saúde é froid.
Coisa triste é achar veia de criança né não? Mari tb sofreu qdo ficou internada furada mais de 6 vezes.
Ainda bem que agora está tudo! beijos
Amiga, imagino o quanto vc deve estar indignada! Melhoras para a Princesinha... Já te contei que estou prenha de novo??
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